A Polícia Federal desencadeou, na manhã desta quinta-feira, 12 de dezembro, a Operação Latus Actio II, com foco no combate a crimes de corrupção ativa e passiva, além da exploração ilegal de jogos de azar. A ação, conduzida pela FICCO/SP (Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado), conta com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo.
Durante a operação serão cumpridos um mandado de prisão preventiva e seis de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Mauá, São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos.
A investigação teve origem na primeira fase da operação, realizada em 12 de março de 2024. Análises do material apreendido à época revelaram a suposta participação de policiais civis em um esquema criminoso de solicitação de propinas. Os agentes teriam exigido vantagens financeiras de produtores, empresários e artistas para não avançar em investigações relacionadas à exploração de jogos de azar.
O esquema envolvia rifas promovidas por influenciadores digitais e artistas em redes sociais, prática considerada ilegal pela Coordenação Geral de Fiscalização Comercial do Ministério da Fazenda. De acordo com o Decreto-Lei nº 3.688/1941, essas atividades configuram contravenção penal, com sanções previstas nos artigos 50 e seguintes.
Entre os implicados, destacam-se influenciadores digitais que temiam que as investigações resultassem no bloqueio de suas contas nas redes sociais, como o Instagram, gerando prejuízos financeiros e danos à imagem. Para evitar essas consequências, alguns deles teriam aceitado pagar propinas aos policiais envolvidos.