Um homem que se passou por padre celebrou uma missa na Paróquia Santuário São Judas Tadeu, localizada no Jardim Paulista, região central de São José dos Campos, no dia 1º de agosto. O caso só foi revelado esta semana.
O indivíduo, que se identificou como Válber e afirmou pertencer à comunidade católica Canção Nova, conseguiu realizar a cerimônia ao aproveitar a ausência dos padres, que estavam em retiro. Segundo a Diocese de São José dos Campos, ele alegou ser um padre da Canção Nova e, com base nesse falso pretexto, foi autorizado a presidir a missa.
Em uma nota, o padre Luiz Fernando de Siqueira Fonseca, pároco e reitor do Santuário São Judas Tadeu, esclareceu que o homem “não foi validamente ordenado sacerdote” e, portanto, a celebração não pode ser considerada uma missa válida. O falso padre mencionou conhecer os membros da paróquia, o que lhe conferiu certa credibilidade temporária. No entanto, erros litúrgicos durante a celebração levantaram suspeitas entre diáconos presentes, levando à descoberta da farsa.
Após o incidente, a paróquia realizou uma missa de desagravo no dia seguinte, em resposta à profanação da Eucaristia. Dom José Valmor Cesar Teixeira, bispo de São José dos Campos, condenou o ato como “violência contra a fé cristã católica” e convocou os fiéis a participar de atos de reparação, como missas e orações diante do Santíssimo Sacramento.
A Diocese de São José dos Campos optou por não registrar um boletim de ocorrência e tratou o caso apenas no âmbito pastoral. A Canção Nova afirmou que o homem não é membro da comunidade e que o único sacerdote da Canção Nova atuando na diocese é o padre Gevanildo Augusto Torres, responsável pela missão da comunidade em São José dos Campos.
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