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Adiamento da FLIM em São José dos Campos, após polêmica com exclusão de Milly Lacombe gera repercussão nacional

  • Foto do escritor: Redação | Rádio Clube do Vale
    Redação | Rádio Clube do Vale
  • 18 de set.
  • 1 min de leitura
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A 11ª edição da Festa Literomusical de São José dos Campos (FLIM), que aconteceria neste fim de semana no Parque Vicentina Aranha, foi adiada para uma nova data ainda não definida. A decisão foi anunciada pela Associação para o Fomento da Arte e da Cultura (Afac) após a saída da equipe curatorial e de diversos autores convidados, em protesto contra o cancelamento da participação da jornalista Milly Lacombe.


A polêmica começou depois que a Prefeitura excluiu Milly da programação, alegando não admitir “posicionamentos político-ideológicos” em eventos públicos. A medida ocorreu após repercussão de uma fala da escritora em um podcast, na qual associou a “família tradicional, branca e conservadora” ao fascismo. O episódio dividiu opiniões: enquanto apoiadores do governo municipal elogiaram a exclusão, críticos apontaram censura e ataque à liberdade de expressão.


Diante do impasse, as curadoras Alice Penna e Costa, Bianca Mantovani, Tania Rivitti e Bruna Fernanda deixaram o evento, alegando intervenção política e rompimento com os valores da festa. Autores como Xico Sá, Noemi Jaffe e Christian Dunker também cancelaram a participação.


Em nota, a Afac destacou que a retirada de Milly foi feita em comum acordo, visando preservar a integridade de todos. Já a escritora afirmou, em vídeo, que recebeu ameaças de grupos extremistas e que sua presença representaria risco à sua segurança.


O Ministério da Cultura repudiou a decisão da Prefeitura, classificando o caso como “grave cerceamento à diversidade de pensamento” em um evento financiado pela Lei Rouanet. O MinC informou que solicitará esclarecimentos formais aos organizadores.

 
 
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