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Presos acusados de envolvimento na morte de adolescente no fluxo em São José viram réus


As quatro pessoas presas, acusadas de envolvimento na morte de uma adolescente de 17 anos durante um 'fluxo' na comunidade Santa Cruz, em São José dos Campos (SP), viraram réus no processo - eles vão responder por homicídio qualificado. A Justiça acolheu a denúncia na última quarta-feira (11). A prisão temporária (de até 30 dias) foi convertida em prisão preventiva (por tempo indeterminado).

O juiz Milton de Oliveira Sampaio Neto acolheu a denúncia com base em "indícios significativos" de que os denunciados teriam matado Jamile Fernandes após uma briga, e por considerar o crime grave.

"Consta dos elementos colhidos dos autos que, com a briga, a vítima foi levada pelos denunciados ao local dos fatos, onde foi torturada e morta com golpes proferidos com instrumento contundente. Evidencia-se de tal contexto fático, portanto, que os réus têm personalidade violenta e conduta social desajustada", diz ele em um trecho da sentença.

Jamile Fernandes desapareceu no dia 10 de agosto durante uma festa do 'fluxo' na comunidade Santa Cruz, na região central de São José. Ela foi encontrada morta dois dias depois, na Estrada do Sertãozinho. O corpo tinha perfurações, provocadas por objeto contundente, e sinais de tortura.

Durante as investigações, dois jovens foram presos suspeitos de envolvimento no crime. Eles contaram à polícia que estavam presos em um cativeiro no Banhado, depois de terem sido sequestrados por um grupo para ‘vingar’ a morte da adolescente.

Na mesma semana da prisão deles, uma jovem de 18 anos e um jovem de 20 que estavam foragidos se entregaram à polícia, que apontou que o crime teria sido motivado por uma disputa do tráfico de drogas. Não foram divulgados detalhes da investigação para evitar exposição dos depoentes e testemunhas.

Para a família da vítima, os quatro foram responsáveis pela morte da adolescente. "Eles são culpados sim, o tempo todo a gente estava conversando com a polícia para tentar ajudar a encontrar provas disso. Foi um trauma muito grande, agora a gente quer tentar esquecer um pouco para poder seguir a vida", falou Marina Lima, tia de Jamile.

Crime

De acordo com o boletim de ocorrência registrado por familiares pelo desaparecimento, Jamile Fernandes saiu com uma amiga por volta de 22h de 10 de agosto e não retornou. Parentes tentaram contato pelo celular da jovem, mas o aparelho estava desligado.

O corpo de Jamile Fernandes foi encontrado pela Polícia Militar no bairro Buquirinha, na zona norte da cidade.

Testemunhas contaram à polícia que ela estava no local, quando teria começado uma confusão. A briga foi apartada por moradores, mas momentos depois, pessoas disseram ter visto a jovem sendo colocada por um grupo dentro de um veículo – o grupo foi identificado por imagens e a polícia pediu a prisão deles.

Eles vão responder por homicídio qualificado pelo assassinato com tortura e por meio que dificultou a defesa da vítima.

Outro lado

No processo contra os quatro acusados, não há advogados constituídos. Os réus têm dez dias para apresentarem a defesa. Caso isso não ocorra, eles serão representados pela Defensoria Pública.

Fonte: G1 Vale do Paraíba e Região (Texto e imagem copiados na íntegra)


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