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Fundação Casa afasta diretores após agressão a interno em São José dos Campos


A Fundação Casa afastou nesta terça-feira (28) mais três servidores após uminterno de 16 anos, gravemente ferido no último dia 16, acusar um funcionário de agressão na unidade de São José dos Campos (SP). O servidor suspeito do ato, que é coordenador socioeducativo, foi afastado da função na última quarta (21). Segundo a instituição, a razão dos novos afastamentos são indícios de ações dos servidores incompatíveis com seus deveres. Uma sindicância investiga a responsabilidade deles no episódio - não há prazo para conclusão.

De acordo com a família do adolescente, o menino relatou que foi agredido após reclamar da postura de um dos funcionários da unidade durante uma revista de rotina dos internos. A vítima disse que foi imobilizado com um 'mata-leão'.

Com isso, ele sofreu lesões graves no baço e pâncreas, mas só foi internado e teve a família comunicado do episódio três dias após as agressões. O jovem ficou internado na UTI do Hospital Municipal de São José dos Campos, foi submetido a uma cirurgia e teve alta na última quinta (22).

Os afastados, segundo a Fundação Casa, são a diretora regional da instituição; o diretor da unidade Tamoios (São José dos Campos) e a diretora da unidade de Caraguatatuba. Eles estão, agora, afastados das funções, sem contato com os adolescentes, mas vão continuar cumprindo expediente nas unidades. O servidor afastado na última semana também continua trabalhando, mas em funções exclusivamente administrativas.

A Fundação Casa foi questionada sobre o motivo do afastamento da servidora de Caraguá e a ligação dela com o episódio apurado, mas a instituição não respondeu.

O adolescente, que é de Caraguatatuba, era interno da fundação há quatro meses, quando foi detido em flagrante por tentativa de roubo. Com a alta do hospital, segundo a Fundação Casa, a medida socioeducativa foi extinta e ele não vai retornar à unidade.

Estado de saúde

Segundo uma parente do adolescente, que pediu para não ter a identidade divulgada, o menino está em casa, mas ainda sente dores e está psicologicamente abatido com o episódio.

"Ele está sentindo muita dor na barriga, não está comendo direito, estamos bem preocupados. Além disso, está dormindo no canto da minha cama, sendo que às vezes tenho que dar remédio pra ver se ele dorme. Essa noite, por exemplo, não pregou os olhos", disse.

A Fundação Casa informou que o transporte do adolescente para casa foi providenciado pela instituição e que ele recebeu acompanhamento da enfermeira do Centro Tamoios e da diretora do Unidade de Atenção Integral à Saúde do Adolescente (Uaisa).

"A medicação foi providenciada pela Fundação para todo o tratamento e foram feitas as devidas orientações à família sobre higienização e curativos"

Fonte: G1 Vale do Paraíba e Região (Texto e imagens copiados na íntegra)


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